quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

PROPOSTA SOBRE ORDENAÇÃO DE HOMENS CASADOS SERÁ RETOMADA, AFIRMA CARDEAL HUMMES.

A medida que mudaria as circunstâncias de exigência do celibato ficou de fora da exortação apostólica do Papa Francisco.
Relator-geral do Sínodo da Amazônia, o cardeal Dom Cláudio Hummes afirmou nesta quarta-feira, (12/2), que a proposta de ordenação de homens casados em áreas remotas será retomada pelo Vaticano. A medida, que mudaria as circunstâncias de exigência do celibato, uma tradição da Igreja, ficou de fora da exortação apostólica do papa Francisco, divulgada pela Santa Sé, apesar do apelo feito pela assembleia de bispos em outubro do ano passado.
"Essa questão deverá ser trabalhada agora com o papa, nas instâncias da Santa Sé. Será retomada", disse d. Cláudio Hummes. "Esse pedido terá que ser elaborado e cumprido." 
O relator-geral disse que o organismo eclesial anunciado pelo papa a Amazônia, após o Sínodo, terá um papel importante na discussão, no âmbito do Vaticano, sobre como realizar o ordenamento de padres casados em áreas de escassez. 
Segundo Dom Cláudio, a igreja não pode deixar de se preocupar em buscar uma solução para que os povos tenham acesso à eucaristia. "O que edifica a Igreja é a assembleia eucarística reunida, isso é o que forma e alimenta a Igreja", ressaltou. 
O cardeal disse que o documento final do Sínodo, votado pelos bispos em outubro e não citado pelo papa na exortação, "não vai parar na estante" e que a Igreja deve ser empenhar na sua aplicação. "Não significa que, feita a exortação pós-sinodal, se possa incinerar o documento final do Sínodo. Talvez se esperasse que fosse um decreto, o que não é próprio da exortação", afirmou Dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). 
O bispo lembrou que o sumo pontífice determinou um estudo para atualização de questões referentes ao ministério, cujo documento atual tem mais de 50 anos. 
Em resposta à falta de sacerdotes na região amazônica, em vez de citar o pedido pelo ordenamento como padres de homens com família já constituída, o sumo pontífice sugeriu dar ênfase ao trabalho missionário itinerante e que diáconos permanentes, mulheres religiosas e leigos "assumam responsabilidades importantes". 

PAPA RECUSA SOBRE ORDENAÇÃO DE HOMENS CASADOS COMO PADRE NA AMAZÔNIA.

Francisco rejeitou a medida mesmo após a recomendação positiva de bispos.
No documento Querida Amazônia, divulgado na manhã desta quarta-feira, (12/2), o papa Francisco recua da proposta de que, em casos específicos e de acordo com a necessidade, homens casados sejam ordenados padres em comunidades afastadas da região amazônica. A proposta foi discutida pelos bispos durante o Sínodo da Amazônia, realizado em outubro, no Vaticano. 

Francisco rejeitou a medida mesmo após a recomendação positiva de bispos. A "exceção amazônica" do celibato foi levantada por bispos em razão das "enormes dificuldades de acesso à eucaristia", já que parte das comunidades da região ficam meses e até vários anos sem a presença de um sacerdote. Para diminuir o problema, foi pedido ao papa que autorizasse a ordenação de sacerdotes sem exigência do celibato clerical. 

A medida, frisaram os bispos favoráveis, seria aplicada a "homens idôneos e reconhecidos pela comunidade, que tenham diaconato permanente fecundo e recebam uma formação adequada para o presbiteriado". Outra exigência é que esses homens tivessem "uma família legitimamente constituída e estável". 

A estratégia foi criticada veementemente por bispos conservadores. Francisco foi atacado por posições contrárias de representantes dos mais variados níveis dentro da Igreja Católica, todos opostos à ideia de "tirar do sacerdócio aquilo que o torna mais especial". O cardeal canadense Marc Ouellet chegou a publicar um livro inteiro defendendo o celibato clerical e chegou a enviar dois exemplares da obra diretamente ao papa. 

Até Bento XVI, seu antecessor que havia prometido manter-se afastado da vida pública quando renunciou ao cargo, entrou na conversa como um dos nomes que assina a autoria de um livro que também defende o celibato - e depois pediu para que seu nome fosse retirado da obra. "A habilidade de renunciar ao casamento para se posicionar completamente à disposição do Senhor tem se tornado um critério para o ministério sacerdotal", escreveu Bento XVI. 

Apesar da tradição, a regra que prevê o celibato entre padres não é um dogma da Igreja Católica, o que significa que ela pode ser alterada ou revogada, em tese. Um dos últimos momentos de revisão do celibato foi em 2009, quando Bento XVI permitiu que padres anglicanos casados fossem convertidos ao catolicismo. Na ocasião, ele deixou claro que a medida não significava uma mudança abrangente na postura da Igreja. Em 2019, durante coletiva de imprensa, o próprio Francisco se posicionou sobre o tema. "Diria que não concordo com o celibato opcional", afirmou, classificando a prática como um "presente para a Igreja". 

Na chamada exortação apostólica do Sínodo dos Bispos, o pontífice caracteriza como "desigual" a presença de padres na área, reforça a importância de preservação do meio ambiente e pede aos bispos da América Latina para "promoverem a oração" por mais vocações e aos missionários para irem à Amazônia. 

"Exorto todos a avançar por caminhos concretos que permitam transformar a realidade da Amazônia e libertá-la dos males que a afligem", afirma Francisco, no texto redigido em espanhol e finalizado no dia 2 de fevereiro. O documento está disponível no link do Sínodo da Amazônia. 

O texto está elaborado em quatro capítulos descritos como "sonhos" do pontífice: Social, em defesa dos mais pobres e povos nativos; Cultural, sobre a preservação da riqueza dos povos; Ecológico, sobre o resguardo da beleza natural; e Eclesial, dirigido às comunidades cristãs, para dar à Igreja "rostos novos com traços amazônicos". 
Fonte: Notícias ao Minuto.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

MONTAGEM DO PALCO PARA A 9ª FESTA EM LOUVOR DO DIVINO PAI ETERNO.

Montagem do palco na Rua Bartolomeu Vieira de Melo, no cruzeiro para realização da 9ª FESTA EM LOUVOR DO DIVINO PAI ETERNO que será realizada de 6 a 9 de fevereiro de 2020. 
Veja a programação abaixo.